segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Denúncia do CONRAD na ONU :

Sofia Hammoe
Porto Alegre, 17 de outubro de 2004.

Prezado Relator Especial das Nações Unidas
para a Independência dos Juízes e Advogados,
Dr. Leandro Despouy,

Através desta manifestação formal, o Conselho Regional de Rádiodifusão Comunitária (CONRAD) denuncia frente às Nações Unidas a situação das Rádios Comunitárias no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, situação esta que reproduz as dificuldades enfrentadas em todo o país.
Apesar da proibição do exercício do monopólio das comunicações pela Constituição do Brasil, a realidade é que seis cabeças de rede de propriedade familiar dominam os meios de comunicação no país, conforme pode ser verificado no estudo realizado pelo órgão independente Instituto de Pesquisa em Comunicação e publicado no sitio internet http://www.epcom.com.br/. Tal monopólio é sustentado pela política de outorgas levada a cabo pelo Ministério das Comunicações, órgão vinculado ao executivo nacional, e cuja prática nega o direito ao exercício da comunicação comunitária no território nacional. Assim, mais de oito mil pedidos de autorização para rádios comunitárias aguardam uma resposta do Ministério das Comunicações desde a aprovação da Lei 9612/98 que institui o serviço de radiodifusão comunitária.
No Rio Grande do Sul, estado com cerca de 500 municípios e uma população de 10.187.798 (dez milhões, cento e oitenta e sete mil, setecentos e noventa e oito) habitantes, segundo senso do IBGE do ano 2000, apenas 70 dos 270 pedidos de rádios comunitárias foram autorizados pelo governo. Este descaso das autoridades causa o funcionamento clandestino destes meios de comunicação. A conseqüência deste descalabro é a existência de mais de cinco mil processos crime por radiodifusão sem outorga contra comunicadores populares no Brasil.
Impulsionada por entidades como a Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão (ABERT), a criminalização das rádios comunitárias é implementada pelo governo brasileiro ¾ através da Agência Nacional de Telecomunicações/ANATEL (órgão criado para regular o processo de privatização das comunicações no país e que de maneira irregular desvia suas finalidades para reprimir a comunicação comunitária) e de forças tarefa das polícias federal e estaduais civil e militar nas ações de repressão¾, que promovem o fechamento e apreensão violenta dos equipamentos dos veículos comunitários, muitas vezes sem mandado judicial e em desrespeito ao direito de defesa.
As denúncias concretas das infrações do Estado brasileiro contra o livre exercício dos direitos de liberdade de expressão, garantidos pela Convenção Americana de Direitos Humanos e legitimado pelo ordenamento jurídico do país, seguem na Ação Civil Pública que encaminhamos em anexo. Esta ação esclarece as dificuldades que o movimento de comunicação comunitária e seus defensores enfrentam nos processos judiciais.

Agradecemos desde já o apoio que porventura possa ser dado ao nosso movimento.

CONRAD - Conselho Regional de Radiodifusão Comunitária

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Calamidade Pública :

NOTÍCIA URGENTE

O ECAD Escritório Central de Arrecadação e Distrubuição manda fechar a Rádio comunitária SAPÉ FM, no municipio de Sapé - PB. A pedido do ECAD, a justiça da comarca de Sapé estado da Paraíba, determina a imediata suspensão de qualquer execução de rádio difusão de obras musicais pela rádio comunitária sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (um mil reais) e futuro lacre da emissora. Pedimos ajuda dos companheiros de todas às rádios comunitárias de nosso estado e de todo Brasil.
Isto é um absurdo, agora até o ECAD manda fechar Rádios Comunitárias , o movimento deve se posicionar contra esta entidade que quer ou pretende ser a dona de verdade.

Use sua criatividade, faça seu comentario acessando o link comentarios ao lado

Partidos participam de ato por "reformas democráticas" em Brasília

Brasília08.02.2008

Fundações ligadas a partidos da base governista – PR, PCdoB, PDT, PT e PSB – programam para o próximo dia 20 de fevereiro um ato em defesa de “reformas democráticas”, entre elas a democratização da mídia. O evento será realizado na Câmara dos Deputados e deve contar com a presença dos presidentes e líderes dos partidos organizadores. Em relação à comunicação, os representantes do movimento afirmam que é preciso combater “a ofensiva do campo conservador e seu complexo midiático”, manifestados numa suposta oposição ao governo Lula.
fonte: www.direitoacomunicacao.org.br

Coordenadores dos Blogs, favor divulgar esta notícia

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Projeto de Lei prevê que rádios possam usar programação do Congresso.

Fausto Silva Agência Câmara 16.01.2008

A programação das rádios Câmara e Senado poderá ser transmitida pelas rádios comunitárias espalhadas pelo País.
A determinação consta no Projeto de Lei 1352/07, do deputado José Guimarães (PT-CE), que inclui um dispositivo na Lei 9.612/98, que regulamentou o serviço de radiodifusão comunitária.
Atualmente essas rádios são proibidas pela lei de operar em rede. Isso impede o uso da programação das emissoras do Legislativo.
Para o deputado, a transmissão das informações da Câmara e do Senado contribuirá para o aprimoramento das rádios comunitárias. Além disso, permitirá às comunidades conhecer o posicionamento dos deputados e senadores.
As Rádios comunitárias são emissoras FM de baixa potência que atuam em comunidades, vilas, bairros e distritos. O funcionamento é autorizado pelo Congresso Nacional, depois da licença expedida pelo Ministério das Comunicações, e regulado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo o ministério, há cerca de 3 mil entidades autorizadas a explorar rádios comunitárias no País.
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.







segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

STF determina devolução de equipamentos de rádio comunitária

Michelle Prazeres - Observatório do Direito à Comunicação
03.12.2007

A Associação de Rádio Comunitária Ouro Verde, do município de Sapezal (MT) obteve no último dia 14 deste mês uma importante vitória na Justiça. Na ocasião, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a decisão da ADIn 1668/97 (Ação Direta de Inconstitucionalidade) que limita os poderes da Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações e deferiu uma liminar que determinou a liberação dos bens da rádio apreendidos pela agência em agosto deste ano.“Os equipamentos chegaram de volta esta semana”, explica Leomar Mees, diretor da associação. “Mas estamos com eles parados, pois avaliamos que poderíamos colocar em jogo o direito à informação da nossa comunidade se colocássemos para funcionar novamente sem a autorização do Ministério das Comunicações”, diz. Segundo ele, a associação estuda a possibilidade de obter o funcionamento via outra liminar judicial. “A burocracia é enorme. Esperamos há anos pela autorização de funcionamento e ficamos reféns da morosidade do Ministério. Mas somos uma rádio efetivamente comunitária, atendemos todos os requisitos e temos uma programação de interesse público. Não tem porque não funcionar”, avalia Mees. Bruno José Ricci Boaventura, advogado da associação responsável pelo caso, explica que a Anatel apreendeu os equipamentos sem ordem judicial, e a rádio impetrou um mandado de segurança, cuja liminar foi indeferida. “Esta decisão é contra o que foi decidido pelo STF na ADIn 1668, de 1997, que afirma que os agentes da Anatel, Polícia Federal e União não podem, sem mandado judicial, apreender os equipamentos radiofônicos de uma emissora comunitária”. Na prática, a ADIn reafirma que a Anatel é um órgão regulador e não tem poder de polícia.Foi justamente sob esse argumento que a rádio conseguiu uma liminar que liberou seus equipamentos. Segundo Boaventura, entretanto, a liminar não tem efeito vinculante oficial, porque se trata de uma decisão em relação a um caso concreto, mas “tem um efeito vinculante simbólico”. “ As rádios precisam procurar se regularizar, mesmo que o processo seja moroso, difícil e burocratico. Mas aquelas que funcionam sem regularização e que forem vítimas de atitudes como esta da Anatel já têm casos em que podem se espelhar para ter seus equipamentos de volta e fazer valer seus direitos”, diz o advogado. “Esta vitória, portanto, abre para as rádios uma nova frente de batalha”, afirma Leomar Mees. Casos emblemáticos . Um outro caso emblemático aconteceu recentemente na capital paranaense. A Associação Comunitária do Jardim Esperança, que fica na zona sul de Curitiba, mantinha uma rádio, que foi multada e teve seus equipamentos apreendidos numa ação da Anatel em 2005. Durante o mesmo período, a emissora pleiteava a autorização de funcionamento junto ao Ministério das Comunicações. A rádio, alicerçada em outras entidades de seu entorno, recorreu ao Judiciário requerendo a retirada do lacre da Anatel e a autorização de funcionamento, por conta da demora injustificada do Ministério das Comunicações em autorizar definitivamente seu funcionamento. Os pedidos foram negados, e a Associação de Moradores recorreu ao Tribunal Regional Federal, que manteve a sentença e também negou os pedidos da Associação, contrariando as decisões do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, que já haviam emitido sentenças que permitiam que as rádios funcionassem enquanto o Ministério estivesse avaliando o pedido de regularização. Além da apreensão dos equipamentos e da multa, o presidente da Associação Comunitária do Jardim Esperança, Ronny Roque da Silva, foi indiciado por crimes contra as telecomunicações. Foi quando o Ministério Público Federal foi acionado e obteve o arquivamento do inquérito contra o líder comunitário e a devolução do aparelho transmissor apreendido.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Ministério das Comunicações prorroga prazo para inscrição de rádios comunitárias em 950 municípios

22.01.2008

O Ministério das Comunicações estendeu o prazo para que as entidades interessadas em executar o serviço de radiodifusão comunitária em 950 municípios brasileiros se inscrevam. A prorrogação por mais 45 dias foi publicada no Diário Oficial da União na sexta-feira (18/01). Até agora, somente 400 entidades manifestaram interesse em executar o serviço a partir deste chamado, menos da metade do número de municípios contemplados pelo aviso de habilitação. As inscrições podem ser feitas através do formulário disponível na página do ministério na internet: http://www.mc.gov.br/.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

PF fecha três rádios piratas em São Gonçalo

Sérgio Ramalho O Globo 18.01.2008

Agentes da Polícia Federal, em Niterói, com auxílio de fiscais da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), fecharam ontem três emissoras que funcionavam clandestinamente em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Três pessoas foram presas e os equipamentos apreendidos. As rádios piratas, de acordo com as investigações da PF, estavam interferindo na freqüência usada por pilotos da aviação civil para se comunicar com as torres de controle dos aeroportos Internacional Tom Jobim e Santos Dumont. Responsável pela investigação, o delegado Victor Poubel, chefe da delegacia da Polícia Federal de Niterói, afirma ter recebido 150 informações relacionadas aos danos provocados pelas rádios piratas em São Gonçalo. Poubel ressalta que a região está na rota dos vôos comerciais, colocando em risco as operações de pouso e decolagem nos dois principais aeroportos do Rio. — São freqüentes as reclamações do setor aéreo sobre interferências provocadas por essas rádios nas faixas exclusivas de comunicação entre pilotos e torres de controle. Elas acabam colocando em risco a vida de passageiros e tripulação — diz ele. Acusados podem cumprir seis anos de prisão. A operação, batizada de “Vôo Limpo”, levou às prisões de Ricardo Barchilon, Rogério de Oliveira Ferreira e Marco Aurélio Feijó. Os três, segundo o delegado, foram indiciados e poderão ser condenados a penas que variam de três a seis anos de prisão.

Você acredita que Rádios COMUNITÁRIAS interfere em avioes ? faça seu comentário.

Sem controle ou transparência, estados cedem estrutura a redes privadas de TV

Cristina Charão, para o Observatório do Direito à Comunicação
17.01.2008

Assim como 1.604 prefeituras, governos estaduais também repassam retransmissoras a TVs comerciais; informações desencontradas e dados caducos dificultam medir o tamanho do problema.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Amarc e Farc promove curso preparatório para locutores

Em assembléia realizada no Rio de Janeiro, dirigentes da Amarc divulgou para os presentes de todo Brasil que a Agencia Ritmo Sul promoverá no território Brasileiro o curso de preparação para locutores, produção e gestão em Rádio Comunitária .
O curso terá inicio em 2008 podendo se estender até 2009
O objetivo é preparar todos que vive no ambiente de Rádio Comunitária assim será mais fácil mostrar as Rádios Comerciais e aos ouvintes que Rádio Comunitária vale apena e merece estar no ar.
Desta forma estaremos contribuindo com a democratização das comunicações no Brasil

Farc participa do primeiro forum de Rádios Públicas no Rio de Janeiro

Aconteceu dos dias 21,22 e 23 do mês de novembro o primeiro forum de Rádios Públicas no centro do Rio de Janeiro. Dentre as entidades presentes tivemos a Amarc brasil, Farc RJ e Abraço Nacional. No final do encontro concluimos que a Rádio Comunitária é mais pública que nós imaginavamos, e com a participação do Deputal Federal Jorge Bittar (PT) dulgando que até o segundo semestre de 2008 teremos a tão esperada Conferência Nacional de Comunicação Social., Falta agora o movimento se organizar e tomar conta deste espaço aberto que será para tratar dos desmando da Comunicação em nosso país.

Postado por ARCOM Sul Fluminense